sábado, 3 de janeiro de 2015

Resenha: Garota, interrompida.

       
       Não saber o que quer ser não é uma opção. Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Kaysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era algo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é a sanidade? Garotas interrompidas. Um relato pessoal, intenso e brutal que nos faz refletir sobre nosso papel na sociedade, Garota, Interrompida é uma leitura obrigatória, que inspirou o filme homônimo sucesso de bilheteria que concedeu a Angelina Jolie o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

        Na década de 60, após uma tentativa de suicídio aos 18 anos, Susanna Kaysen é internada em uma clínica psiquiátrica e diagnosticada com distúrbio de personalidade limítrofe. Ao decorrer do livro, acompanhamos o relato de dois anos que Susanna passou na clínica.

     Trata-se de um relato de uma sociedade próxima da nossa, repleta de julgamentos e preconceitos, e da história de uma jovem que, com sua dose de loucura, decidiu afrontar as expectativas sociais e se esconder em uma realidade paralela.

     No hospital McLean, Susanna conhece várias pessoas, entre elas estão Lisa, Georgina, Polly e Daisy. Cada uma com sua própria personalidade e seus problemas mentais. Conhecemos elas aos poucos, conforme Susanna as descreve. Olha, entre essas a que eu mais gostei foi Sara, uma sociopata (que no filme é interpretada pela queridíssima Angelina Jolie, que nos traz uma atuação incrível) bem encreiqueira. 

     Como o livro é autobiográfico, a autora relata várias coisas que vivenciou dentro do hospital psiquiátrico, relatou como são tratado os pacientes, como são os profissionais da área, as brigas e os relacionamentos. Como todos são tratados. A autora nos traz a verdadeira vivência dentro de um local como esse. 

    O livro é bem escrito e os capítulos são curtos, o que é até bom, pois ninguém merece aqueles capítulos que são infinitamente enormes e sem necessidade.
       

       Valeu gente, até a próxima!




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